Horizonte Utópico é uma instalação audiovisual para a exposição Metaverso no Farol Santander, cuja proposta é configurar, através da arte, visões de futuro onde o real e virtual constituam uma dimensão de tênue fronteira em suas potências conectivas e ameaças planificadoras. A instalação se utiliza da materialidade de um pedaço de floresta conectada à extensões tecnológicas audiovisuais para envolver o espectador numa potente experiência imersiva em que as dimensões táteis e imateriais se mesclam criando novas perspectivas de relação espaço-afeto-tempo. A estranheza dessa junção de elementos aparentemente desconexos aliada à beleza gráfica transformam o espaço num evento único.

Exposição Instalação
Farol Santander, 2019
Exposição
Metaverso
Vídeo e Fotos
André Porto
Horizonte Utópico fez parte da exposição “Metaversø” que ocupou 2 andares do Farol Santander entre Junho e Setembro de 2019.
Por meio de técnicas de led, laser e projeções, o objetivo da mostra foi a criação de um Metaversø, um espaço onde o mundo virtual se transforma em uma metáfora do mundo real. As obras baseiam-se na concepção de universos.
A mostra “Metaversø” apresentou a tecnologia como manifestação artística e aponta caminhos da arte e do futuro.
Exibindo novas linguagens que não se limitam a novos aparelhos de uso pessoal e sua capacidade de criar sensações necessárias para a evolução da sociedade.

Em meio às obras mais tecnológicas, a instalação do Bijari se destacava ao trazer um contraponto orgânico, o uso extensivo de vegetação e a ambientação criada por iluminação teatral e uma trilha sonora criada pelos sintetizadores analógicos modulares do músico e maker Arthur Joly.
Com curadoria de Antonio Curti, a mostra reuniu cinco obras inéditas dos artistas BIJARI, VIGAS, SALA 28, AYA Studio, BLOCO e WESLEY LEE.
O conceito da instalação surgiu na visita inicial ao espaço. Durante a visita técnica logo após o convite, em meio à desmontagem da exposição precedente descobriu-se uma pequena janela com vista para o sudoeste e a paisagem de concreto do Centro de São Paulo. Partindo deste ponto focal criou-se o percurso onde após o visitante passar pelas instalações altamente tecnológicas dos outros artistas, terminaria em uma floresta urbana colorida e saturada por um sistema de iluminação contrapondo matizes frios e quentes. A trilha sonora criada em sintetizadores analógicos fazia um simulacro dos sons uma floresta eletrônica. Em TVs e monitores estrategicamente espalhados pelo espaço uma video arte em que a paisagem de concreto é metamorfoseada em uma paisagem verde. Por fim o visitante chegaria à singular janela, onde um jogo de espelhos criava um horizonte infinito de concreto que aos poucos se dilui em vegetação.